Ilusão de Óptica Nome das cores

Nome das cores
    
             Você é capaz de dizer em voz alta, de forma rápida e correta apenas o nome das cores? Vamos tentar? Não é pra ler a palavra escrita, e sim dizer o nome da cor que esta vendo.
             Quando tentamos falar o nome da cor, mesmo não querendo acabamos lendo a palavra. 
            Isso ocorre porque o lado do cérebro que há a percepção de cores é o hemisfério direito. Porém, o hemisfério esquerdo que é o responsável pela leitura, insiste em ler a palavra.

Ilusões de ótica negativa

Olhe, sem perder o foco, para o ponto no centro da imagem. No momento que a imagem trocar, você vera por alguns instantes cores na próxima imagem.


 
 
 
            Essa ilusão de ótica acontece quando é sobreposto o negativo de uma imagem com seu preto e branco. A persistência da visão quando vê a imagem negativa por alguns segundos compensa e mostra por alguns instantes a imagem preto e branco como se fosse colorida.

Mais alguns exemplos.










Ilusão de Óptica Tabuleiro de Adelson

 Observe o tabuleiro, veja que temos o quadrado A e o quadrado B. Eles são de cores iguais ou diferentes?
 
              Os dois quadrados (A e B) são da mesma cor. Com o auxilio de duas listras verticais podemos ver claramente que possuem a mesma tonalidade. Apesar de na ilusão aparentarem serem muito diferentes um do outro. Se ainda tiver dúvidas, pode pegar um pedaço de papel, fazer dois pequenos buracos nele e posicionar sobre os dois blocos. 

             Essa ilusão foi criada pelo professor Edward H. Adelson, do MIT, e ela possui pequenos truques.
            Os quadrados que num tabuleiro normal são brancos, aqui possuem a tonalidade cinza. Baseado em contrastes normais, um quadrado que é mais claro está ao lado de quadrados escuros, então ele deve ser mais claro que a média e vice-versa.
            Escurecendo a região do quadrado B, temos a ilusão que ele é mais claro que os demais. O sistema visual não é muito bom em medir a luz física, sendo então essa tarefa importante para separarmos as informações da imagem, em pedaços significativos, percebendo assim a natureza dos objetos em exibição.

Ilusão de Óptica de Movimento


Também conhecido como ilusão de movimentação periférica ou ilusão de movimento anômalo.
Uma imagem estática parece se mover, devido aos efeitos de interação de cores, formas e contrastes.
Enquanto você move seu olhar, a área central parece contrair-se e a borda externa parece afastar-se do centro. Note que se você fixar a visão no centro da imagem, e não mover os olhos, a anomalia cessa. Pode causar um certo desconforto e até enjoo se olhar por um período prolongado. 

Mais alguns exemplos:
 
  






Essa aqui é necessário olhar para o centro da imagem e afastar e aproximar a cabeça para ver o efeito, onde parece que os circulos ficam girando um para cada lado.  

Mágica Ilusão de Movimento

Aqui vemos uma ilusão incrível onde as imagens são feitas de forma que se encaixam com uma camada superior que possui fendas. O movimento dessa camada superior causa o efeito de movimento da imagem.
Para entender o que são e como funcionam, veja o vídeo abaixo.

A Ordem Rosacruz

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A Ordem Rosacruz, AMORC, é uma organização internacional, de caráter cultural, fraternal, não-sectário e não-dogmático, de homens e mulheres dedicados ao estudo e aplicação prática das leis naturais que regem o universo e a vida. Seu objetivo é promover a evolução da humanidade através do desenvolvimento das potencialidades de cada indivíduo e propiciar uma vida mais harmoniosa para alcançar saúde, felicidade e paz.

Para esse objetivo, a Ordem Rosacruz oferece um sistema de instrução e orientação para um profundo auto-conhecimento e a compreensão dos processos que determinam a mais alta realização humana. Essa profunda e prática sabedoria, cuidadosamente preservada e desenvolvida pelas Escolas de Mistérios Esotéricos está a disposição de toda pessoa sincera, de mente aberta e motivação positiva e construtiva.

A Suprema Grande Loja é o órgão dirigente internacional que estabelece os princípios fundamentais de atuação da Ordem Rosacruz em todo o mundo. As Grandes Lojas da Ordem Rosacruz estão divididas em jurisdições para alguns idiomas do mundo:
alemão, espanhol, francês, holandês, inglês, italiano, japonês, idiomas escandinavos, português, tcheco e eslovaco.

Além das Grandes Lojas, em alguns países existem centros administrativos regionais:
Bulgária, Finlândia, Hungria, Nigéria, Polônia, Rússia e África do Sul.
Os ensinamentos da AMORC adotam três métodos para a sua prática: lições semanais, na forma de monografias; rituais e iniciações, onde são realizadas vivências práticas do simbolismo característico ao rosacrucianismo; e o convívio com outros rosacruzes, onde a interação é a chave do crescimento.

São nos Organismos Afiliados que são efetivados dois desses métodos: os rituais e iniciações, e o convívio, onde se tem a oportunidade de trocar idéias e dividir experiências com pessoas que partilham da mesma filosofia de vida.
Para aqueles que não são estudantes da AMORC os Organismos Afiliados são mais uma forma para se conhecer a Ordem e usufruir de seus serviços comunitários. Todo o trabalho é realizado por estudantes voluntários.
Cada um dos representantes da AMORC, dentro das suas possibilidades, oferece atividades culturais e sociais, que visam o desenvolvimento pessoal e coletivo, por exemplo, cursos, palestras, campanhas beneficentes, etc.

O Museu Egípcio e Rosacruz foi criado em 1990 e possui a missão de proporcionar ao seu visitante uma viagem à antiguidade egípcia, através do roteiro de suas exposições de longa duração. Ele compreende a iniciativa da Ordem Rosacruz – AMORC de contribuir para o processo educativo cultural da comunidade onde se encontra inserido. É formado por réplicas, que visualmente causam a mesma impressão que as peças originais expostas em diversos museus do mundo. Esses objetos foram elaborados pelos artistas plásticos Eduardo D'Ávila Vilela, Luis César Vieira Branco, Tathy Zimmermann, Christopher Zoellner, e contribuição dos artistas Moacir Elias Santos e Aylton Tomás. Além disso, possui em seu acervo a múmia de uma dama egípcia, apelidada de Tothmea, e que provavelmente habitou o Antigo Egito há 2500 anos atrás. Também possui um espaço dedicado a mostras temporárias de diversas temáticas, sempre visando os aspectos educativo-culturais.

Rosacruz é denominação da fraternidade filosófica, que, de acordo com a tradição, teria sido fundada por Christian Rosenkreuz e representa uma síntese do ocultismo imperante na Idade Média.
Harvey Spencer Lewis afirma, entretanto, que Rosenkreuz tenha sido, simplesmente, um renovador, já que a instituição remontaria ao antigo Egito, à época do faraó Amenophis IV.
O rosacucianos têm aceitado essa hipótese suprimindo a verdade histórica pois, na realidade, essa fraternidade nasceu no período medieval, embora apresentando em sua ritualística, muito do misticismo das antigas civilizações como acontece com a maçonaria.

O rosacrucianismo, assim como a Maçonaria, é um sincretismo de diversas correntes filosóficas-religiosas: hermetismo egípcio, cabalismo judaico, gnosticismo cristão, alquimia etc. A primeira menção histórica da ordem data de 1614, quando surgiu o famoso documento intitulado “Fama Fraternitatis”, onde são contadas as viagens do alemão Rosenkreuz pela Arábia, Egito e Marrocos, locais onde teria adquirido sua sabedoria secreta, que só seria revelada aos iniciados.

Harvey Spencer Lewis foi a pessoa que reativou a AMORC na América do Norte, no início do século XX, já que ela havia existido anteriormente, onde algumas pessoas que se destacaram como Benjamim Franklin teriam pertencido à mesma. Na ocasião a Ordem era ativa em alguns países da Europa, como França e Alemanha, mas com rituais diferenciados. Harvey Spencer Lewis ao trazer a AMORC para a América, não o fez sem antes estudar por mais de 10 anos suas raízes, o que permitiu mais tarde unificar todas as ordens no mundo, cuja essência fosse a mesma. A introdução do estudo à distância permitiu a rápida proliferação da AMORC e em 1915 ele tornou-se o 1º IMPERADOR, (supremo da Organização), para a América do Norte.

A unificação com a as demais ordens ocorreu no início dos anos 30, tornando-se Lewis o primeiro imperador mundial. No Brasil, os estudos foram introduzidos na década de 50, e o cargo supremo é ocupado por um grande mestre.
O nome AMORC (Antiga e Mística Ordem Rosa Cruz) foi dado para diferenciar-se de outras ordens filosóficas de mesmo nome, mas com diferente essência.

Tudo iniciou- se com o teólogo Johann Valentin Andrea, neto do também teólogo luterano Jacob Andrea. Andrea, que nasceu em Herremberg, no Werttemberg, em 1581, depois de viajar pelo mundo, retornou à Alemanha onde se tornou pregador da corte e, posteriormente, abade. A sua principal importância, todavia, originou-se do papel que ele teve naquela sociedade alemã, que no princípio do século XVII, lutava por uma renovação da vida, com uma nova insuflação espiritual.

A popularidade alcançada por Andrea, entretanto, com a Societas Solis (Sociedade do Sol), a que ele procurou dar vida e a Ordem das Palmeiras, em que ele foi admitido aos 60 anos de idade, não se comparou à que ele conseguiu ao publicar o seu romance satírico “O Casamento Químico de Christian Rosenkreuz”, que criticava, jocosamente, os alquimistas e as ligas secretas, numa época que, de maneira geral, era de desorientação, onde o ar andava cheio de rumores e a velha ordem religiosa desagregava-se.

A partir de 1597 já aconteciam reuniões de uma liga secreta de alquimistas, que haviam ficado sem irradiações e sem significado espiritual. Foi então que a palavra Rosacruz adquiriu rapidamente uma grande força atrativa a ponto de, num escrito anônimo de 1614 chamado “Transfiguração Geral do Mundo”, ser incluído o conceito de “Fama Fraternitatis R.C.”, sem necessidades de ser escrito por extenso, pois ele já era bem entendido.

Uma outra pequena obra, surgida um ano depois e chamada “Confessio”, publicava a constituição e a exposição dos fins que a Ordem era destinada.
De acordo com o “Confessio”, a Ordem Rosacruz representaria uma alquimia de alto quilate na qual, em vez das pesquisas sobre a Pedra Filosofal, era buscada uma finalidade superior, ou seja, a abertura dos olhos do espírito através dos quais pudesse o homem ficar apto a ver o mundo e os seus segredos com mais profundidade. As correntes dos alquimistas medievais então, diante da necessidade espiritual da época, incrementada pela disposição de renovação e organização secreta, tomaram enorme vulto com o aparecimento do romance satírico de Andrea.

O herói do romance é Christian Rosenkreuz (já descoberto pela “Fama Fraternitatis”) que já tinha, no século XIV, viajado pelo Oriente e ali aprendido a “Sublime Ciência”. Teria ele (segundo a lenda que lhe cercou o nome) voltado para a Alemanha, onde sua idéia foi seguida por muitas pessoas, até chegar aos 150 anos de idade, quando, cansado na vida, extingui-se voluntariamente (é nesse ponto que ficção e realidade se cruzam).

Andrea, no romance, aproveitou-se do nome que havia sido encontrado para ser a figura fundadora, mas o seu Rosenkreuz era velho e impotente, motivo pelo qual o seu casamento só poderia ser químico.
Entretanto ele tem cultura e sabe de muitos segredos, além de estar sempre ávido por conhecer outros. Por esse motivo é que, em certa ocasião como hóspede da família real, ele entra num quarto em que dorme Vênus.

Quando, ao ser proclamado Cavaleiro da Ordem da Pedra Dourada deve, de acordo com os estatutos, repudiar toda a lascívia, torna-se público o seu erro. Assim, enquanto os outros vão embora, como Cavaleiros da nova Ordem, ele tem que ali permanecer, na qualidade de porteiro, como castigo por ter descoberto Vênus.

Com essa sátira, dirigida às sociedades secretas e à alquimia, Andrea havia desvendado tanto de positivo sobre a nova Ordem, que restou a impressão de que ela já existia, ainda que só como imagem literária. Pode-se notar, facilmente, a Pedra Filosofal dos alquimistas (que transformaria os metais inferiores em ouro)... além disso, o encontro dos convidados ao casamento, vindos de todas as partes do mundo, e a sua ligação dentro da nova Ordem ilustram o desejo de dar corpo aos esforços no sentido de uma renovação espiritual da vida, valendo-se do sugestivo símbolo Rosa-cruz. Ou seja, foi uma tremenda propaganda não intencional.

Esse símbolo, além de sugestivo, corresponde à ansiedade daquela época. Alguns procuraram relacioná-lo com as armas de Lutero, coisa que não pode ser facilmente aceita, pois ele poderia ser (nesse caso) relacionado também, com as armas de Paracelso, sendo preciso esclarecer que Andrea representou o seu Rosenkreuz com quatro rosas no chapéu - rosas essas que, desde a época de seu avô Jacob Andrea - adornavam o brasão de sua família.

Robert Fludd, considerado o primeiro Rosacruz da Inglaterra, diz que o nome da ordem está ligado a uma alusão ao sangue de Cristo na cruz do Golgota: a mística idéia da rosa, associada à lembrança da cor do sangue e aos espinhos que provocam o seu derramamento, contribuiu, certamente, para dar à palavra uma grande força de sedução.

Além disso muitos rosacruzes vêem, no emblema, um símbolo alquimista, concretizando uma ambigüidade muito comum aos símbolos. Os Rosacruzes atuais têm uma interpretação bem mais mística a respeito da cruz e a rosa. A cruz representaria o ser humano, a parte material, enquanto a rosa representaria o ser imaterial, a alma, espírito ou corpo astral.

De outra forma, como a preocupação máxima dos alquimistas que se ligaram à Ordem Rosacruz era o segredo da imortalidade e a regeneração universal, o símbolo rosacruciano está relacionado com essa preocupação.

Em botânica oculta, a rosa era uma flor iniciática para diversas ordens religiosas, sendo que, atualmente, a arte sacra continua a considerá-la como símbolo da paciência, do martírio, da Virgem (Rosa Mística). No quarto domingo da Quaresma, em todos os anos, o papa benze a Rosa de Ouro, que é considerada como um dos muitos ritos sacramentais oferecidos pela Igreja em sua liturgia. Em última análise, a rosa representa a mulher, enquanto que a cruz simboliza o sexo masculino, pois para os hermetistas, ela é o símbolo da junção da eclíptica com o equador terrestre (eclíptica é a órbita aparente do Sol, ou a trajetória aparente que o Sol descreve, anualmente, no céu); ambos cruzam-se no equinócio da primavera e no equinócio de outono.

Assim, a Rosa simbolizaria a Terra, como ser feminino, e a Cruz simbolizaria a virilidade do Sol, com toda a sua força criadora que fecunda a Terra. A junção dos sexos leva à perpetuação da vida e ao segredo da imortalidade, resultando também dela a regeneração universal, que é o ponto mais alto da doutrina rosacruciana.

Existe ligação entre a Maçonaria e os Rosacruzes, e essa ligação começou já na Idade Média. No fim do período medieval e começo da Idade Moderna, com inicio da decadência das corporações operativas (englobadas sob rótulo de maçonaria de Ofício ou Operativa), estas começaram a aceitar elementos estranhos à arte de construir, admitindo, inicialmente, filósofos, hermetistas e alquimistas, cuja linguagem simbólica assemelhava-se à dos francos-maçons.

Como a Ordem Rosacruz estava impregnada pelos alquimistas está explicada a ligação do rosacrucianismo e da alquimia com a Maçonaria. Leve-se em consideração, também, que durante o governo de José II, imperador da Alemanha de 1765 a 1790, e co- regente dos domínios hereditários da Casa d’Áustria, houve um grande incremento da Ordem Rosacruz e sua comunidade, atingindo até a Corte e fazendo com que o imperador proibisse todas as sociedades secretas, abrindo, apenas, exceção aos maçons (o que fez com que muitos rosacruzes procurassem as lojas).

Ambas as Ordens são medievais, se for considerado o maior incremento da Maçonaria de Ofício durante a Idade Média e o início de sua transformação em Maçonaria dos Aceitos (também chamada, indevidamente, de “Especulativa”). Se considerarmos o início das corporações operativas, em Roma, no século VI antes de Cristo, a maçonaria é mais antiga. Isso, é claro, levando em consideração apenas, as evidências históricas autênticos e não as “lendas” que fazem remontar a origem de ambas as instituições ao Antigo Egito.

A maçonaria é uma ordem totalmente templária, ou seja, os ensinamentos só ocorrem dentro das lojas (ou templos). Já a Antiga e Mística Ordem Rosacruz dá ao estudante o livre arbítrio de estudar em casa ou em um templo Rosacruz. O estudo em casa é acompanhado à distância e, assim como a maçonaria, é composto de vários graus que vão do neófito (iniciante) ao 12º grau, conhecido como grau do ARTESÃO.

O estudo no templo, mesmo não sendo obrigatório, proporciona ao estudante além do contato social como os demais integrantes, a possibilidade de participar de experimentos místicos em grupo, e poder discutir com os presentes os resultados, e por último, a reunião templária fortalece a organização, o que também ocorre na maçonaria.

A partir da metade do século XVIII e, principalmente depois de José II, com a maciça entrada dos rosacruzes nas lojas maçônicas, tornava-se difícil, de uma maneira geral, separar Maçonaria e roscrucianismo, tendo, a instituição maçônica incorporado aos seus vários ritos, o símbolo máximo dos rosacruzes: ao 18º grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, ao 7º grau do Rito Moderno, ao 12º grau do Rito Adoniramita, etc.

O Cavaleiro Rosacruz é, como o próprio nome diz, um grau cavaleiresco e se constitui no 18º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito. A sua origem hermetista e a sua integração na Maçonaria, durante a Segunda metade do século XVIII, leva a marca dos ritualistas alquímicos que redigiram naquela época os rituais dos Altos Graus. O hermetismo atribuído ao Grau 18 é perceptível no símbolo do grau, que tem uma Rosa sobreposta à Cruz, representando esta o sacrifício e a Rosa o segredo da imortalidade, que nada mais é do que o escoterismo cristão, com a ressurreição de Jesus Cristo, ou seja, a tipificação da transcendência da Grande Obra.

A Maçonaria também incorporou, em larga escala, o simbolismo dos rosacruzes herdeiros dos alquimistas, modificando um pouco o seu significado e reduzindo-o a termos mais reais. Assim o segredo da imortalidade da alma e do espírito humano, enquanto é aceito o princípio da regeneração, só pode ocorrer através do aperfeiçoamento contínuo do homem e através da constante investigação da Verdade.

O misticismo dos símbolos rosacruzes, todavia, foi mantido pois embora a Maçonaria não seja uma ordem mística, ela, para divulgar a sua mensagem de reformadora social, utiliza-se do misticismo de diversas civilizações e de várias correntes filosóficas, ocultistas e metafísicas. https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyOJZUatlZOyhj6kh6Q0A8-FKck18SJaqnjwemwcwzmqWfDqq52_Sx6bBO6LmS1a7pPCnU_iqZxjtOAdf28HWp5vVA2sZBWEHAz67wD1sXJ-yfBgm0t_vrbguPbEUhHd_3wyOU-MFQTK0S/s400/2886396.sociedades_secretas_educacao_367_367.png

Uma singularidade entre a AMORC e a Maçonaria são as iniciações nos seus respectivos graus, sendo que para ambas a primeira é a mais marcante. No caso da Maçonaria a iniciação é ao grau de Aprendiz, e da AMORC a admissão é ao 1º grau de templo. As iniciações têm o mesmo objetivo: impressionar o iniciante, levá-lo à reflexão para que ele decida naquele momento se deve ou não seguir adiante e, se o fizer, assumir o compromisso de manter velado todos os símbolos, usos e costumes da instituição da qual fará parte.

Vários são os símbolos comuns às duas instituições, a começar pela disposição dos mestres com cargos, lembrando os pontos cardeais, e a passagem do Sol pela Terra, do Oriente ao Ocidente.

Cada ponto cardeal é ocupado por um membro. A figura do venerável mestre na maçonaria, ocupando sua posição no Oriente, encontra similar na Ordem Rosacruz na figura de um mestre, que ocupa seu lugar no leste. A linha imaginária que vai do altar dos juramentos ao Painel do Grau e a caminhada somente no sentido horário também é igual. Em ambos os casos o templo é pintado na cor azul celeste, e a entrada dos membros ocorre pelo Ocidente.

O altar dos juramentos encontra semelhança no Shekinah na ordem Rosacruz, sendo que neste não se usa a bíblia ou outro livro, mas sim 3 velas dispostas de forma triangular, que são acesas no início do ritual e apagadas ao final, simbolizando a Luz, a Vida e o Amor.

Outra semelhança é o uso de avental por todos os membros iniciados ao adentrarem o templo, enquanto que os oficiais (equivalente aos mestres com cargo) usam paramentos especiais, cada qual simbolizando o cargo que ocupa no ritual.
Os iniciantes na Ordem Rosacruz recebem seus estudos em um templo separado, anexo ao templo principal, enquanto os aprendizes maçons recebem suas instruções juntamente com os demais irmãos. Finalmente, o formato físico da loja maçônica lembra as construções greco-romanas, enquanto que a AMORC lembra as egípcias.
Breve resumo por Gabriela Cabral, site oficial da

A Ordem Rosacruz é uma organização mundialmente conhecida de caráter místico-filosófico que tem por finalidade fazer com que as pessoas descubram seu potencial interior, sendo auxiliado com fraternidade e com respeito à liberdade individual. A AMORC busca o conhecimento através do misticismo com processos psíquicos que ultrapassa as funções intelectuais do homem. Ensina o homem a traçar seu próprio caminho na vida e a mudar toda e qualquer situação com a habilidade para realmente mudar.

Para receber ajuda da Ordem é necessário que a pessoa esteja em harmonia com o trabalho realizado no Grande Templo. O Grande Mestre da Ordem aconselha que todos se unam a esse trabalho diário. Para se juntar ao trabalho diário, a pessoa entre 08:00 até 08:20 tem que ir para um lugar tranqüilo e se elevar para se unir com os outros membros que também precisam da ajuda da Ordem.

Christian Rosenkreuz é conhecido como fundador, nascido em 1375 na fronteira da Alemanha com a Áustria onde estudou e se desenvolveu. Começou a viajar e após percorrer vários países viajou para o Egito, onde conheceu os mistérios egípcios e assim fundou a Ordem.

Assim como a Maçonaria, a Ordem é uma sociedade secreta. Seu símbolo é uma cruz negra com uma rosa vermelha no centro. A cruz representa o corpo humano com os braços abertos. No ponto em que o braço horizontal da cruz se une a madeira está sobreposta a rosa representando a personalidade-alma. A rosa desabrochada simboliza a evolução a medida que recebe a luz.

A Ordem DeMolay

 Jacques DeMolay nasceu em Vitrey, na França, no ano de 1244. Pouco se sabe de sua família ou sua primeira infância. Sabe-se que na idade de 21 anos, ele tornou-se membro da Ordem dos Cavaleiros Templários.
A Ordem participou destemidamente de numerosas Cruzadas, e o seu nome era uma palavra de ordem de heroísmo quando, em 1298, DeMolay foi eleito Grão Mestre. Era um cargo que o classificava como e muitas vezes acima de grandes lordes e príncipes. DeMolay assumiu o cargo numa época em que a situação para a Cristandade no Oriente estava ruim. Os infiéis sarracenos haviam conquistado os Cavaleiros das Cruzadas e capturado a Antioquia, Trípoli, Jerusalém e Acre. Restaram somente os "Cavaleiros Templários" e os "Hospitalários" para confrontarem-se com os sarracenos.
Os Templários, com apenas uma sombra de seu poder anterior, se estabeleceram na ilha de Chipre, com a esperança de uma nova Cruzada. Porém, as esperanças de obterem auxílio da Europa foram em vão, pois, após 200 anos, o espírito das Cruzadas havia-se extinguido.
Os Templários foram fortemente entrincheirados na Europa e Grã-Bretanha, com suas grandes casas, suas ricas propriedades, seus tesouros de ouro; seus líderes eram respeitados por príncipes e temidos pelo povo, porém não havia nenhuma ajuda popular para eles em seus planos de guerra. Foi a riqueza, o poder da Ordem, que despertou os desejos de inimigos poderosos e, finalmente, ocasionou sua queda.
Em 1305, Felipe, o Belo, então Rei de França, atento ao imenso poder que teria se ele pudesse unir as Ordens dos Templários e Hospitalários, conseguindo um titular controle, procurou agir assim. Sem sucesso em seu arrebatamento de poder, Felipe reconheceu que deveria destruir as Ordens, a fim de impedir qualquer aumento de poder do Sumo Pontificado, pois as Ordens eram ligadas apenas à Igreja.
O ano de 1305 encontra a Ordem dos Cavaleiros do Templo e a Ordem dos Hospitalários sediados na ilha de Chipre, pois os muçulmanos haviam retomado a Terra Santa. Ansiavam por uma última Cruzada, que jamais ocorreu. O rei da França Felipe de Valois, conhecido como “Felipe o Belo”, concebeu um plano voltado a apoderar-se da enorme riqueza dos Templários e ter perdoada sua enorme dívida para com a Ordem e assim amealhar recursos para seus projetos temporais de ampliação territorial sobre a Inglaterra. Para tanto precisava da aquiescência do papa Clemente V (Bernardo de Goth, ex-arcebispo de Bordeaux) que, imediatamente, concebeu o plano de unificar as duas Ordens rivais, ou subordinar todos aos Hospitalários. Convocaram os dois Grãos Mestres de ambas as Ordens a um encontro em Paris. O Grão Mestre dos Hospitalários deu uma desculpa convincente e faltou ao encontro.
Jacques De Molay, Grão Mestre dos Templários, com quase 70 anos de idade, compareceu ao encontro com dois documentos: um plano detalhado para uma nova Cruzada (que pensava ser o principal motivo da convocação) e outro que explicava as diferenças e motivos que considerava relevantes para manter Templários e Hospitalários como ordens distintas.
De Molay foi recebido com todas as honras em Paris. Durante dois anos – período durante o qual Felipe de Valois ficou de apresentar sua decisão final sobre os dois documentos trazidos por Jacques De Molay – Guilherme de Nogaret, ministro de Felipe “o Belo”, arquitetou o plano para aprisionar a um só tempo todos os Templários em todos os pontos da Europa. Foram expedidas cartas lacradas aos senescais (líderes políticos e religiosos locais) de todas as paróquias com ordens expressas de somente abri-las a 12 de setembro de 1307.
Nesse dia, Jacques De Molay estava entre os maiores nobres da Europa que carregaram o caixão da princesa Catarina, cunhada do rei Felipe, esposa de Carlos de Valois. No mesmo momento em que o Grão Mestre dos Templários participava deste solene evento fúnebre em companhia dos nobres, não tinha como ele estar a par da trama, menos ainda do conteúdo das cartas que, abertas, tornariam a sexta-feira 13 (naquele caso de setembro de 1307) o pior dia do ano: 15 mil homens (o número total de Cavaleiros Templários) deveriam ser aprisionados em correntes especialmente confeccionadas e enviadas a todos os pontos com esta finalidade.
DeMolay e milhares de outros Templários foram presos e atirados em calabouços. Foi o começo de sete anos de celas úmidas e frias e torturas cruéis para DeMolay e seus cavaleiros. Felipe obrigou o Papa Clemente V a apoiar a condenação da Ordem, e todas as propriedades e riquezas foram transferidas para outros donos. O Rei forçou DeMolay a trair os outros líderes da Ordem e descobrir onde todas as propriedades e os fundos poderiam ser encontrados. Apesar das torturas, DeMolay não disse nada.
Em 18 de março de 1314, uma comissão especial nomeada pelo Papa, reuniu-se em Paris para determinar o destino de DeMolay e três de seus Preceptores na Ordem. Entre a evidência que os comissários leram, encontrava-se uma confissão forjada de Jacques DeMolay de seis anos atrás. A sentença dos juízes para os quatro cavaleiros era prisão perpétua. Dois dos cavaleiros aceitaram a sentença, mas DeMolay não. Ele negou a antiga confissão forjada, e Guy D'Avergnie ficou a seu lado. De acordo com os costumes legais da época, isso era uma retratação de confissão e punida por morte. A comissão suspendeu a seção até o dia seguinte, a fim de deliberar. Felipe não quis adiar nada e, ouvindo os resultados da Corte, ele ordenou que os prisioneiros fossem queimados no pelourinho naquela tarde.
Quando os sinos da Catedral de Notre Dame tocavam ao anoitecer do dia 18 de março de 1314, Jacques DeMolay e seu companheiro foram queimados vivos no pelourinho, numa pequena ilha do Rio Sena, corajosos até o fim. Apesar do corpo de DeMolay ter-se queimado naquele dia, o espírito e as virtudes desse homem, para quem a Ordem DeMolay foi denominada, viverão para sempre. Desse episódio surgiu uma lenda.
 
Pré requisitos para ser membro de um Capítulo DeMolay:
1. Ter menos de 21 e pelo menos 12 anos de idade completos;
2. Professar sua crença em Deus e reverenciar Seu Santo Nome;
3. Afirmar lealdade a seu País e respeito à Bandeira Nacional;
4. Aderir à prática de moral pessoal;
5. Fazer votos de seguir os elevados ideais típicos das Sete Virtudes Cardeais da Coroa da Juventude;
6. Aprovar a filosofia da Irmandade Universal e a nobreza de caráter e exemplificada pela vida e morte de Jacques DeMolay;
7. Estar ciente que o ingresso na Ordem DeMolay não lhes garantirá no futuro a iniciação em um Corpo Maçônico.
 
As Sete Virtudes Cardeais de um DeMolay:
A Ordem DeMolay invoca sete luzes que iluminam seus caminhos conforme passam pela estrada da vida, simbolizando tudo que é bom e correto, tudo o que juram ser à base de suas vidas:

01. Amor Filial: O amor entre pais e filhos.
02. Reverência pelas Coisa Sagradas: O respeito pelo que é sagrado. Principalmente o amor que temos pelo nosso Pai Celestial.
03. Cortesia: O que ilumina a nossa vida. A nossa Educação.
04. Companheirismo: O amor que temos por nossos irmãos e amigos, que mantêm vivos os ideais de nossa Ordem.
05. Fidelidade: Cumprir, conscientemente seus compromissos junto a seus ideais, a seus irmãos e amigos e ao Pai Celestial.
06. Pureza: De pensamentos, palavra e ações.
07. Patriotismo: Amor e respeito por sua pátria, seu povo, suas origens. É a busca de ser sempre um bom cidadão, respeitando as leis de seu País.
 
Código de Ética DeMolay:
Um DeMolay serve a Deus;
Um DeMolay honra todas as mulheres;
Um DeMolay ama e honra seus pais;
Um DeMolay é honesto;
Um DeMolay é leal a ideais e amigos;
Um DeMolay executa trabalhos honestos;
Um DeMolay é cortês;
Um DeMolay é sempre um cavalheiro;
Um DeMolay é um patriota tanto em tempo de paz quanto em tempo de guerra;
Um DeMolay sempre permanece inabalável a favor das escolas públicas;
Um DeMolay é o orgulho de sua Pátria, seus pais, sua família e seus amigos;
A palavra de um DeMolay é tão válida quanto sua confiança;
Um DeMolay, por preceito e exemplo, deve manter os elevados níveis aos quais ele se comprometeu. 

O Brasão da Ordem DeMolay e seu significado:
1 - A Coroa simboliza a Coroa da Juventude, lembrando contentemente as suas obrigações e os sete preceitos da Ordem.
02 - Os Nove Rubis e a Pérola honram o fundador e os nove jovens que participaram da formação da Ordem DeMolay: Frank S. Land, Louis Lower, Ivan Bentley, Clyde Stream, Gorman McBride, Edmund Marshall, Ralph Sewlle e Elmer Dorsey. No começo se tinha uma pérola para cada componente vivo e um rubi para um falecido. Hoje o brasão possui só uma pérola, que é o Ir. Jerome Jacobson o único vivo.
03 - O Elmo simboliza o cavalheirismo, sem o qual não é possível mostrar a delicadeza do caráter.
04 - A Lua Quarto- crescente é um sinal de segredo e lembra ao DeMolay o seu dever de nunca revelar os segredos da Ordem ou trair uma confidência de um amigo ou irmão.
05 - A Cruz de Cinco Braços simboliza a pureza de intenção. Lembrando o lema:
 "Nenhum DeMolay falhará como cidadão, como líder, como homem."
06 - As Espadas Cruzadas denotam justiça, retidão e piedade. Simboliza a luta contra a arrogância, tirania e intolerância.
07 - As Estrelas Rodeando a Lua simbolizam os desejos e deveres de irmandade entre os membros da Ordem.
08 - A Cor Amarela predominante significa a luz.
09 - A Cor Vermelha significa força, energia e coragem.
10 - A Cor Azul está para equilibrar o vermelho, formando o homem perfeito.
 
Cronologia da Ordem DeMolay:
1244 - Nascimento de Jacques de Molay.
1265 - Jacques de Molay ingressa na Ordem dos Cavaleiros Templários.
1298 - Jacques de Molay é eleito Grão-Mestre da Ordem dos Templários.
1314 - Jacques de Molay é queimado vivo por sua fidelidade.
1865 - Frank Arthur Marshall nasce em Leavemworth, Kansas, em 13 de novembro.
1890 - Frank Sherman Land nasce em Kansas City, Missouri, em 21 de junho.
1912 - Iniciação de Land na Maçonaria, em 25 de maio.
1919 - Frank Sherman Land conhece Louis Gordon Lower e seus amigos, e nasce a idéia de um "Clube" para rapazes, em 19 de fevereiro.
Os rapazes escolhem o nome "Conselho DeMolay" para o seu "Clube" em 24 de março.
Primeira reunião do Conselho DeMolay em Kansas City, organizado pelo fundador, Frank Sherman Land.
Ritual é escrito por Frank Arthur Marshall.
O nome oficial é mudado para Ordem DeMolay.
1920 - O segundo Capítulo é fundado em Omaha, Nebraska.
1921 - Primeira reunião do Grande Conselho da Ordem DeMolay (que posteriormente se chamará Supremo Conselho Internacional).
A Maçonaria passa a patrocinar a Ordem DeMolay.
1922 - Nascimento de Alberto Mansur, em 7 de setembro, em Vargem Alegre - Rio de Janeiro.
1929 - Fundação Internacional DeMolay Alumni Association (Reorganizada em 1984).
1933 - Franklin D. Roosevelt é nomeado primeiro Grande Mestre Honorário.
1937 - Primeira concessão de "Founder's Gross" (Honraria concedida somente por Frank Sherman Land).
O original "Hall da Fama DeMolay" é iniciado por Frank Sherman Land.
1946 - Aprovação da Ordem da Cavalaria (Nobres Cavaleiros da Ordem Sagrada dos Soldados Companheiros de Jacques de Molay).
1950 - Alberto Mansur inicia-se na Maçonaria.
1959 - Frank Sherman Land falece em 08 de novembro.
1967 - Primeiro Congresso DeMolay Internacional.
1969 - Celebração do Cinqüentenário da Ordem DeMolay.
1980 - Fundação da Ordem DeMolay no Brasil, em 16 de agosto.
1985 - Instalação do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, em 12 de abril.
1986 - O "Hall da Fama" é reorganizado.
Primeiro Capítulo local da Alumni Association.
1989 - Primeiro Congresso DeMolay Nacional.
1992 - Primeiro Sênior DeMolay eleito Presidente dos Estados Unidos da América (William "Bill" Clinton).
1993 - A Ordem da Cavalaria é trazida para o Brasil, com a instalação do Convento Sir Percival de Gales, em 04 de setembro.
1994 - Comemorações dos 75 anos da Ordem DeMolay. Fundação da Associação de Seniores DeMolay's para o Brasil, em 05 de março. Fundados os três primeiros Capítulos paraguaios, sob jurisdição do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil.
1995 - Aniversário dos 15 anos de Fundação da Ordem DeMolay no Brasil. Oficialização da Associação de Seniores DeMolay's para o Brasil, em 18 de março. Fundado e instalado o primeiro Convento dos Nobres Cavaleiros, no Paraná.
1997 - Na cidade de Balneário Comburiu ocorre o verdadeiro "I Congresso Nacional DeMolay no Brasil", nos dias 23, 24 e 25 de maio, sediado pelo Capítulo "Luiz Zaguini" n.º 151
2000 - Na cidade do Rio de Janeiro, ocorre o "VII Congresso Nacional da Ordem DeMolay" com o intuito de, entre a programação estabelecida, comemorar os 20 anos de Ordem no Brasil.

Real Irmandade de São Miguel da Ala

A Real Irmandade da Ordem de São Miguel da Ala é uma Associação de fiéis Católicos, herdeira das tradições e símbolos da antiga Ordem de Cavalaria Portuguesa dedicada a São Arcanjo São Miguel e fundada, segundo a lenda, pelo primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques, depois da tomada de Santarém aos Mouros, na Festa de São Miguel do Monte Gargano, 8 de Maio de 1147. 
 Segundo alguns historiadores, a criação da Ordem foi depois de um "Milagre ou Aparição de São Miguel", na tomada de Santarém aos Mouros, onde D. Afonso I, para comemorar e perpetuar a história desse milagre, fundou a Ordem Equestre e Militar da Ala de São Miguel, mais conhecida por Ordem de São Miguel da Ala, a mais antiga das ordens de origem portuguesa.
Uma prova, apontada muitas vezes para justificar esta história da origem da Ordem, é uma antiguíssima imagem em pedra esculpida que existia na muralha de Santarém e que retrata o primeiro Rei Português.
A imagem que se encontra hoje em Lisboa, no Museu da Associação de Arqueólogos situado nas ruínas do Convento do Carmo, acredita-se ser a única do fundador da nação. Na sua base ainda se pode ler: “El Rei D. Afonso Henriques, que esta vila (Santarém) tomou aos Mouros em dia de São Miguel, 8 de Maio de 1147".
A Crônica de Cister de Frei Bernardo de Britto (1597 -1602) refere como fato que a "Ordem de São Miguel da Ala” foi instituída em 1171 por D. Afonso Henriques, e os seus cavaleiros observavam a "Regra de São Bento" sendo uma das ordens militares de cavalaria da Ordem de Cister de Santa Maria de Alcobaça designado pelo Prelado.
Por ter sido a Ordem de Cister a publicar, em 1630, a primeira Constituição conhecida da Ordem de São Miguel da Ala há quem defenda que, até essa data, os cavaleiros da Ordem estavam divididos em dois grupos, um de religiosos e outro de militares, sendo um composto por professos da própria Ordem de Cister, e o outro por capitães e nobres.
A principal missão histórica e tradicional dos Cavaleiros da Ordem de São Miguel da Ala foi sempre a defesa da Fé Católica, Apostólica, Romana, a proteção dos membros da Família Real Portuguesa, a defesa da nação, a ajuda aos pobres e a propagação da devoção ao Arcanjo São Miguel em Portugal, terra que o aclamou como Anjo da Paz, Anjo Custódio da Nação ou Anjo de Portugal.
A Ordem gozou de um elevado prestígio no tempo do Miguel Maria do Patrocínio João Carlos Francisco de Assis Xavier de Paula Pedro de Alcântara António Rafael Gabriel Joaquim José Gonzaga Evaristo de Bragança e Bourbon (D. Miguel I), que a escolheu como organização secreta para defesa da Fé Católica e da Monarquia legítima em Portugal.
Foi depois de maio de 1834 que o exilado monarca, instalando-se em Roma sob a proteção do Papa Gregório XVI, e depois, com a permissão do Beato Papa Pio IX, reestrutura a Ordem para, a partir de 1848 a mesma passar a ser uma "Ordem secreta, militante e política". O objetivo da Ordem, que passou a ser denominada "Ordem Secreta de São Miguel da Ala", era (repetindo) "defender a religião Católica Apostólica Romana e restaurar a legítima sucessão” podendo até mesmo os Cavaleiros "levantarem armas para cumprimento dos seus fins", ou seja, entrar em guerra.
A Grã-Mestria da Ordem pertencia ao Rei D. Miguel I por direito que era reconhecido pela Santa Sé e, depois de sua morte ou incapacidade, seria continuada pelos seus legítimos sucessores na Chefia da Casa Real Portuguesa da linha Miguelista, ou seja, os herdeiros do Trono e da Coroa de Portugal. A herança do título de "Grão-Mestre Nato da Ordem de São Miguel da Ala" seria sempre reconhecida à nascença do primogênito dos descendentes sucessores de D. Miguel I.
Por ser reestruturada como uma Ordem Secreta, para assim também melhor poder combater como "força política contra o liberalismo, o modernismo e os outros inimigos da Igreja" das sociedades secretas anti-religiosas, que faziam parte do governo do regime anticlerical de Joaquim António de Aguiar (o chamado "Mata Frades"), a Ordem mantinha algumas semelhanças a essas sociedades nas suas cerimônias e no numero e graus de seus membros. Segundo carta de D. Miguel datada de 23 de Junho de 1859, os membros também tomavam nomes secretos de cavaleiros do tempo de D. Afonso que, segundo a tradição, tinham sido os primeiros membros da Ordem de São Miguel da Ala.
Das poucas atividades organizadas e conhecidas dos Cavaleiros da Ordem no Século XIX só sabemos que apoiavam D. Miguel I e sua família no exílio, contribuindo regularmente com um tributo.
Todos os títulos e direitos da Ordem de São Miguel da Ala passaram exclusivamente e definitivamente para a linha de D. Miguel porque a atividade da antiga Ordem em Portugal, e a investidura com as insígnias como condecoração honorífica, continuavam suspensas desde o reinado de D. Maria II e assim continuaram suspensas pelos reis descendentes de D. Pedro IV até D. Manuel II.
As notícias da reestruturação e continuidade da Ordem de São Miguel da Ala e a atividade secreta e militante dos seus Cavaleiros em Portugal só vieram a público em 1868, já depois de o Rei D. Miguel ter falecido em 1866. Nessa altura toda a atividade social, organizada, secreta e militante dos seus cavaleiros tinha sido oficialmente suspensa, em 1859, por decisão de D. Miguel, sendo que a atividade do Mestrado do Porto só terminou em 1861.

A Ordem de Calatrava


 No ano de 1150, Afonso VII de Castela deu aos Templários o Castelo de Calatrava, no rio Guadiana, para o defenderem das investidas dos Mouros. Abandonado pouco depois, só no tempo de Sancho III de Castela o castelo voltou a ser ocupado pelo abade D. Raimundo e mais alguns monges que seguiam a regra de Cister. O número de cavaleiros da Ordem aumentou rapidamente, e o Papa reconheceu a Ordem de Calatrava em 1164, tendo alguns frades vindo a radicar-se em Évora. Em 1211, D. Afonso II doou-lhes o lugar de Avis, e pensa-se que, nessa época, a ordem portuguesa de Avis já tivesse um estatuto independente, embora continuasse subordinada à castelhana. O hábito da Ordem é uma cruz floreada de vermelho.

ordens - A Ordem de Santiago



 A Ordem Militar de Santiago é uma ordem religioso-militar castelhano-leonesa instituída por Afonso VIII de Castela e aprovada pelo Papa Alexandre III, tornando-a assim uma ordem supranacional, diretamente responsável perante o chefe máximo da Cristandade. Apesar disso, os primórdios da ordem são confusos, já que, antes de ser instituída formalmente por Afonso VIII, o seu sobrinho-neto Fernando II de Leon lhes havia concedido a guarda da cidade de Cáceres, na Extremadura (a qual, no entanto, tiveram que abandonar por haver sido conquistada pelos muçulmanos).
Os Cavaleiros de Santiago, chamados de Santiaguistas ou Espatários (por ser o seu símbolo uma espada em forma crucífera – ou uma cruz de forma espatária, dependendo do ponto de vista), fizeram votos de pobreza e de obediência, mas, seguindo a regra de Santo Agostinho ao invés da de Cister, os seus membros não eram obrigados ao voto de castidade, e podiam casar- se (alguns dos seus fundadores eram casados). No entanto, a bula papal recomendava (não obrigava) o celibato, e os estatutos da fundação da Ordem afirmavam, seguindo um princípio das cartas paulinas: "Em castidade conjugal, vivendo sem pecado, assemelham-se aos primeiros padres apostólicos, porque é melhor casar do que viver consumindo-se pelas paixões". 
 
 Afonso VIII cedeu-lhes Uclés (em 1174), que se tornou a principal sede da ordem – donde a designação usada nos primeiros tempos para a Ordem como Ordem de Uclés – e mais tarde Moya, Mira Osa, Montiel e Alfambra.
Os Espatários participaram na reconquista de Teruel e Castellón e combateram na batalha de Navas de Tolosa (1212). Os monarcas, primeiro de Leão, depois de Castela, concederam-lhe inúmeros privilégios, para além de lhe darem a posse de extensas regiões, com o intuito de repovoá-las, na Andaluzia e em Múrcia.
Com o passar do tempo e o fim da Reconquista, a Ordem de Santiago viu-se implicada nas lutas internas de Castela. Ao mesmo tempo, devido aos seus inúmeros bens, teve que sustentar as pretensões da Coroa. Por outro lado, sendo o cargo de Grão-mestre de tamanha importância, eram frequentes as lutas entre grandes famílias para alcançar essa dignidade.
Devido a todos estes problemas, após a morte do Grão-mestre Alonso de Cárdenas em 1493, os Reis Católicos pediram à Santa Sé que providenciasse uma forma de acabar com os problemas na administração da ordem, reservando para si mesmos o mestrado da ordem – medida que era ao mesmo tempo uma necessidade e uma recompensa pelos serviços prestados pelos reis de Castela e Aragão ao serviço da fé católica (em 1492 fora conquistado o último reduto muçulmano da Península Ibérica – Granada). Assim, por uma bula de 1493, o papa concedeu aquela dignidade aos Reis Católicos.
Após a morte de Fernando, o Católico, tornou-se grão-mestre da Ordem Carlos I de Espanha; passados alguns anos, em 1523, o Papa Adriano VI uniu para sempre à coroa de Espanha os grãos-mestrado das Ordens de Santiago, Calatrava e Alcântara, tornando-se este um mero título hereditário dos reis de Espanha. Até então, o Grão-Mestre de Santiago era eleito pelo Conselho dos Treze, assim chamado por estarem presentes treze cavaleiros designados entre os governadores e comendadores provinciais da Ordem.
 Em Portugal, a ordem começou também a atuar logo desde os seus primórdios, ainda em reinado de Afonso Henriques, mas só teve maior visibilidade a partir do reinado de Afonso II. Tiveram como sedes o castelo de Palmela e, depois, o de Alcácer do Sal, que se tornou sede da província espatária portuguesa.
Foi mestre comanditário da Ordem em Alcácer Paio Peres Correia, que acabaria por chegar a Grão-Mestre da Ordem, em Uclés, mas não sem antes ter dado um valoroso contributo para a reconquista de Portugal – as suas forças, muitas das vezes lideradas por ele pessoalmente, conquistaram grande parte do Baixo Alentejo e do Algarve, foi também com o auxílio desta Ordem que Afonso III consumou a conquista do Algarve, em 1249, tomando os últimos redutos muçulmanos de Faro, Loulé, Albufeira e Aljezur.
Como recompensa, a Ordem foi agraciada, em territórios portugueses, com várias destas terras do Alentejo e do Algarve, com a missão de povoá-las e defender. Não é pra menos que, até hoje, o fato de muitas delas terem por padroeiro Santiago Maior, e nas suas armas figurar a cruz espatária. 
 Chamada mais tarde de Ordem de Santiago da Espada, constituiu-se em ordem honorífica em Portugal, da qual o chefe do Estado português se constitui o Grão-Mestre.
Durante o século XV, a ordem transferiu o seu campo de atuação para a Serra Morena, e os seus mestres tomaram como residência a povoação de Llerena (Badajoz), trazendo um grande crescimento para a região.


Ordem Militar dos Cavaleiros Teutônicos


A Ordem Teutônica foi uma ordem militar cruzada, vinculada à Igreja Católica por votos religiosos pelo papa Clemente III, formada no final do século XII em Acre, na Palestina. Usavam sobrevestes brancas com uma cruz negra.
Após a derrota das forças cristãs no Oriente Médio, os cavaleiros mudaram-se para a Transilvânia em 1211, a convite do Rei André II da Hungria, onde fundam a cidade de Kronstadt (atual Brasov, na Romênia), mas foram expulsos em 1225. Transferiram-se então para o norte da Polônia, onde criaram o Estado independente da Ordem Teutônica.
A agressividade da Ordem ameaçava os países vizinhos, em especial o Reino da Polônia e o Grão-Ducado da Lituânia. Em 1410, na Batalha de Grunwald (Tannenberg), um exército combinado polaco-lituano comandado pelo rei polaco Ladislau II Jagelão derrotou a Ordem e pôs fim a seu poderio militar. O poder da Ordem continuou a declinar até 1525, quando seu Grão-Mestre, Alberto de Brandemburgo, converteu-se ao luteranismo e assumiu o título e os direitos de Duque hereditário da Prússia (embrião do Reino da Prússia, catalisador do futuro Império Alemão).
O Grão-Magistério foi então transferido para Mergentheim, de onde os Grão-Mestres continuavam a administrar as consideráveis posses da Ordem na Alemanha. Em 1809, quando Napoleão determinou a sua extinção, a Ordem perdeu as suas últimas propriedades seculares, mas sobrevive até hoje. No decreto papal emitido por Pio XI a 21 de Novembro de 1929 transformava os cavaleiros teutônicos numa ordem clerical composta por sacerdotes, padres e freiras. Atualmente, trabalha primordialmente com objetivos assistenciais. A cruz teutônica está na origem da célebre "cruz de ferro" utilizada nas forças armadas alemãs, ainda em uso.

Ordem dos Hospitalários de São Lázaro

Esta foi a terceira das Ordens Militares nascidas em Jerusalém. Acredita-se que a Ordem tenha origem num antigo hospital para leprosos, dirigido por gregos e armênios, ainda antes da Primeira Cruzada, adquirindo status independente depois de 1120.
Diz a lenda que os primeiros mestres desta Ordem eram leprosos, doença terrível, muito comum na Palestina.
As Regras dos Templários e dos Hospitalários estabeleciam que um Cavaleiro, contraindo a doença, deveria transferir-se para a Ordem de São Lázaro, envergando seu manto negro.
Os Cavaleiros de São Lázaro nunca foram muito numerosos e tinham apenas um punhado de Cavaleiros não leprosos para proteção, embora em tempo de crise, os Cavaleiros portadores da doença também lutassem.
Após a queda de Acre, em 1291, a Ordem de São Lázaro abandonou suas atividades militares, continuando com sua função hospitalária até 1342. Depois disso, teriam uma existência apagada até o período da Renascença, quando foi revivida na França.
O ramo francês, denominado Ordem de Nossa Senhora do Monte Carmelo e de São Lázaro, foi incentivado por Luís XIV, o Rei Sol, chegando a ter mais de 140 comendadorias. Nessa Ordem Michael Andrew Ramsay foi feito Cavaleiro, envergando a túnica branca, bordada com uma cruz púrpura.

ordens - A Ordem Mercedária

No início do século XII quase toda a Península Ibérica gemia sob o jugo muçulmano. Grande número de espanhóis estava escravizado pelos mouros e sujeito aos piores tratos. A Santíssima Virgem - Auxiliadora dos Cristãos - condoendo-se do sofrimento de seus filhos, quis ser a principal fundadora de uma Ordem Religiosa destinada a prestar socorro a estes infelizes.
Para isso apareceu em sonhos, na mesma noite, a três homens dedicados, a fim de que se consagrassem a causa dos oprimidos. Um dos escolhidos foi o militar francês de origem fidalga São Pedro Nolasco, que há muito tempo se dedicava a esta causa, resgatando seus irmãos de crença a peso de ouro. Quando já lhe escasseavam os recursos, a Virgem Maria apareceu-lhe em sonho e disse-lhe: - "Deus quer que estabeleça uma Congregação Religiosa para o resgate dos cativos".
Pedro não era um homem crédulo e por isso consultou o seu confessor São Raimundo de Penaforte, um dos mais notáveis teólogos de sua época. Qual não foi a surpresa de Pedro Nolasco ao saber que o Santo Doutor tivera o mesmo sonho e recebera ordem de animar os seus desígnios. Foram os dois pedir o apoio de D. Jaime I de Aragão e ficaram assombrados quando o piedoso monarca lhes anunciou que tivera o mesmo sonho e recebera a mesma ordem.
Certos de que esta era a vontade de Deus, puseram mãos a obra. 0 magnânimo soberano mandou construir um convento, enquanto São Raimundo elaborava os estatutos da Ordem. São Pedro Nolasco foi o primeiro Comandante Geral da Milícia, e a ele, em pouco tempo, juntaram-se muitos cavaleiros da Espanha. Estava fundada a Ordem Real e Militar de Nossa Senhora das Mercês da Redenção dos Cativos.
Alem dos votos de pobreza, obediência e castidade, eles faziam o de tornar-se escravos, se fosse necessário, para salvar os prisioneiros. A Ordem de Nossa Senhora das Mercês, após a aprovação do Santo Padre, espalhou-se pela Europa. Quando Cristóvão Colombo descobriu a América, despertou a atenção dos Mercedários para o enorme campo de atividades que se lhes deparava no Novo Mundo.
A Milícia de São Pedro Nolasco logo aceitou o encargo de catequizar o selvagem americano do Mundo Espanhol. Os primeiros milicianos estabelecidos no Brasil vieram de Quito com Pedro Teixeira em 1639, quando o nosso país ainda se achava sob o domínio da Espanha, e se localizaram em Belém do Pará. 
 Com a Restauração de Portugal, os governantes de Lisboa suspeitaram dos Mercedários, mas a Câmara e o povo fizeram requerimentos pedindo a sua permanência naquela cidade, devido a grande obra social e de catequese que estavam empreendendo. No início construíram uma pequena capela anexa ao convento, mas no século XVIII edificaram, de acordo com o projeto do arquiteto italiano radicado em Belém, José Landi, o seu templo definitivo, o único da cidade que possui a frontaria em perfil convexo.
Seus púlpitos em estilo rococó e as talhas magníficas de seus frontões fazem desta igreja um dos mais bonitos monumentos religiosos da capital do Norte Brasileiro. No século citado, a Irmandade de Nossa Senhora das Mercê estabeleceu-se em Ouro Preto, com o intuito de libertar os escravos pretos e crioulos que trabalhavam nas minas.
Após muito tempo a confraria conseguiu se transformar em Ordem Terceira, com o direito de usar hábitos, capas, correias e também construir o seu templo. Entretanto, não se sabe por que, a irmandade cindiu-se ficando urna parte com a risonha igrejinha que é a Mercês de Cima, enquanto a outra estabeleceu-se na ermida do Bom Jesus dos Perdões, denominada atualmente Mercês de Baixo.
A luta entre as duas facções durou perto de cem anos, acreditando-se que a política imperial tenha influído na contenda, pois os conservadores eram filiados à Mercês de Baixo, enquanto os liberais somente se inscreviam na Mercês de Cima. O culto da Virgem das Mercês desenvolveu-se mais entre os pardos cativos, por isso ele se espalhou principalmente nas vilas do ouro como Diamantina, São João del Rei, Mariana, Sabará, etc., onde são encontrados vários templos a ela dedicados.
 Em Diamantina, sua festa se realiza a 17 de agosto com espetáculos de fogos de artifício, luminárias e foguetes, pois os negros acham que foi ela quem inspirou a Princesa Isabel a libertar os escravos. Esta é uma das mais antigas festas daquela cidade e é feita com procissão e levantamento de mastro com bandeirinhas.
Enquanto as confrarias do Rosário se encarregavam de consolar os escravos, as dos Mercedários ganharam logo uma feição de assistência e proteção. Os negros nela se filiavam para obterem a liberdade nesta vida e os brancos e mulatos faziam de Nossa Senhora das Mercês a Medianeira para o resgate das almas do Purgatório, mostrando assim que Maria não cessa de socorrer os seus filhos em todas as suas necessidades.

ordens - A Ordem Arco - Íris

A Ordem Internacional do Arco-Íris para Meninas é uma organização criada pela Maçonaria para moças de 12 a 20 anos completos, com ou sem parentesco maçônico, necessitando apenas de um "apadrinhamento" de um maçom ativo. A menina pode ser de qualquer religião contanto que acredite em Deus.
A Ordem tem como objetivo moldar meninas educadas e amigas, que se importam com o mundo e gostam de ajudar.
Foi fundada em McAlester - Oklahoma, Estados Unidos da América, em 6 de abril de 1922, pelo Maçom Mark Sexson. Ele sentiu a necessidade de reunir a família maçônica pois, na época, já existiam a Ordem DeMolay e a Ordem Estrela do Oriente, mas faltavam as meninas.
A partir desta data foi criando-se assembléias Arco-Íris em várias jurisdições pelo mundo, dentre elas: Estados Unidos, Brasil, Alemanha, Austrália, Filipinas, Japão e Canadá, sendo que a maior parte se encontra nos Estados Unidos.
Seu início, elaboração do primeiro ritual e elaboração das leis que regem uma assembléia, são frutos do trabalho do Venerável Willian Mark Sexson, Maçom de grau 33 de McAlester. A partir desta data foi criando-se assembléias Arco-Íris em várias jurisdições pelo mundo, dentre elas estão: Estados Unidos, Brasil, Alemanha, Austrália, Filipinas, Japão e Canadá, para citar apenas algumas, sendo que a maior parte se encontra nos Estados Unidos.

Cargos:
Ilustre Preceptora
Ilustre Preceptora Adjunta
Arquivista
Tesoureira
Capelã
Chefe de Cerimonial
Observadora Confidencial;
Observadora Externa;
Musica
Regente do Coro;
Preceptora Mãe
Preceptora mãe adjunta  

Princípios:
Esperança
Caridade

Amor
Religião
Natureza
Imortalidade
Fidelidade
Patriotismo
Serviço

A Ordem Internacional do Arco-Íris para Meninas enfatiza o seguinte:
Liderança Efetiva
Participação ativa na Igreja (ou Centro) de sua Comunidade
Patriotismo
Cooperação com seu Semelhante
Amor ao Lar
Lealdade à Família
Serviços Humanitários
A Ordem Internacional do Arco-Íris para Meninas ajuda a promover a auto estima e a liderança entre seus membros. Como membro, a garota aprenderá a importância do comportamento (etiqueta) apropriado. Ela aprenderá habilidades para falar em público e participará de reuniões presididas por garotas de sua idade. Embora havendo sempre a presença de uma adulta conselheira que as orienta, todas as reuniões são conduzidas pelas meninas.
Se tiver a oportunidade de atingir a posição de Ilustre Preceptora de sua Assembléia do Arco-Íris, a menina aprenderá a planejar programas benéficos a todos os membros, e, executando esses planos, será uma diretora e líder de pessoas. Além disso, ela aprenderá a maneira apropriada de conduzir uma reunião de negócios.
Além da liderança na sua Assembléia, elas terão oportunidades de atingir uma posição de liderança estadual., no cargo de Grande Ilustre Preceptora, na Grande Assembléia estadual, realizada por 3 dias anualmente.

O que uma Menina do Arco-Íris faz?
Membros do Arco-Íris são ativas em suas igrejas, escolas e comunidades. Elas levantam fundos para várias instituições de caridade, através de almoços, jantares e outras promoções, e se oferecem para trabalhar em organizações que as subvencionam. As Meninas do Arco-Íris participam de muitas atividades e fazem amizades duradouras.
A primeira Assembléia da Ordem Internacional do Arco-Íris para Meninas a ser criada na América Latina, ainda está ativa na cidade de Cascavel-PR, no Brasil. Chama-se Assembléia Caminho de Luz I, e foi fundada em 16 de Maio de 1992.

O Arco-Íris é uma Organização Religiosa?
Não. A Ordem Internacional do Arco-Íris para Meninas é uma organização de serviços. A Ordem, entretanto, incentiva cada uma de suas participantes a ser ativa em sua própria crença religiosa (na qual foi criada), orientada por seus pais ou responsáveis.

As Sete Virtudes
A Ordem Internacional do Arco-Íris para Meninas enfatiza sete virtudes (assim como os DeMolays), as quais são representadas pelas sete cores do arco- íris (daí o nome da Ordem):

Vermelho: representa o amor, que enfatiza a importância do amor em casa e com a família.

Laranja: representa a religião, que enfatiza a importância do companheirismo e da ativa participação na igreja.

Amarelo: representa a natureza, que é responsável por nossa vitalidade e a qual devemos respeitar.

Verde: significa a imortalidade, pois mesmo que o corpo morra, a alma vive pela eternidade.

Azul: significa a lealdade para com a Ordem Internacional do Arco-Íris para Meninas, família e amigos.

Anil: representa a importância de respeitar as leis de seu país e sua bandeira.

Violeta: representa o serviço, o que é a principal causa enfatizada pelas Ordem e outros membros maçônicos.

Branco: é o simbolismo da união de todas as cores do Arco-Íris. 

Aleister Crowley e a Sociedade Alternativa

Aleister Crowley ou Edward Alexander (1875–1947), nasceu em Warwickshire,ao sul do Reino Unido.Sua infância esteve marcada por rígidos padrões de comportamento impostos por seus pais,que eram membros de uma seita Cristã,a Irmandade de Plymonth.Crowley ainda criança passou a fazer parte desta seita, acostumando-o à vida religiosa da Irmandade,isso fez com que Crowley tivesse fascínio por dogmas,especialmente judaico-cristãos.Segundo ele sua mãe, era uma "estúpida criatura", e as brigas da adolescência logo fizeram com que sua mãe o chamasse de "Besta", apelido que  foi adotado posteriormente contra ele e que lhe trouxe boa parte da fama. 
Na Universidade Crowley finalmente se encontrou. Livre da repressão da família, exerceu todas as atividades pelas quais ficou conhecido: ocultismo,alpinismo, poesia, e magia, e, dizem, foi excepcional em cada uma delas.  
Por ser ocultista, foi muito criticado e caluniado por fanáticos, um deles publicou em um jornal que Crowley comia carne humana e fazia sacrifícios em nome de Deuses egípcios. Foi dessas publicações que ele ficou conhecido como satanista assumido e que se alto denominava a “Besta 666”.
O ocultismo é um conjunto de dogmas e crenças que tentam explicar os segredos da natureza. Se uma religião é formada basicamente de fé, então podemos compreender que essa religião e ocultismo estão interconectados. Ser ocultista é simplismente estudar religiões e dogmas.
Ordo Templi Orientis 
Ordo Templi Orientis (ou O.T.O.) é uma organização ocultista de inspiração maçonica, fundada em 1895 por Carl Kellner, Franz Hartmann e Theodor Reuss, e posteriormente reformulada por Aleister Crowley, tornando-se a primeira Ordem a representar o movimento thelêmico. Segundo alguns membros a O.T.O possuia o conhecimento de todas as Ordens Iniciáticas conhecidas, entre as mais famosas a Ordem dos Illuminati, a Antiga Ordem do Templo de Salomão e Skull and Bones. 
 Ninguém sabe o atual paradeiro da O.T.O. Hoje existem dezenas de ordens que se dizem a O.T.O. Todas clamam serem a legitima.
Sociedade Alternativa 
Em 1904 casou-se com Rose Edith Kelly no dia seguinte depois de conhece-la. Numa viagem ao Cairo, recém casado, sua esposa começou a falar algumas coisas estranhas das quais ela não poderia ter conhecimento. Ela o mandou invocar o deus Hórus. Segundo Crowley dessa invocação surgiu um texto pequeno, de três capítulos, intenso e esquisito, ditado por um dos "ministros" da forma de Hórus conhecida por "Hoor-Paar-Kraat", Harpócrates, Hórus, a criança. Aiwass era o nome dessa entidade, depois reconhecida como o Sagrado Anjo Guardião do próprio Crowley. Esse é o famoso Livro da Lei, o texto fundador da Sociedade Alternativa.Infelizmente, o que ela tem de fama, tem de escassez teórica.
 Na realidade, nem Raul Seixas, quem a definiu, sabia explicar direito o que era essa tal Sociedade Alternativa. O que se sabe sobre ela é o que está no Livro da Lei e o que foi dito por Crowley: "Faze o que tu queres,pois há tudo de ser da lei".
De acordo com o Livro da Lei, junto com o Aeón de Aquário (Nova Era) seria decretada uma nova lei, ou seja, toda a lei seria abolida. No mesmo ano criou a Thelema, que se refere à doutrina ou filosofia religiosa difundida por Aleister Crowley, para ele o homem se afasta do divino por conta dos impulsos naturais dentre os quais podem-se citar o conceito de pecado,egocentrismo e a entrega à vontade alheia ou aos vícios. A conclusão da Thelema diz que a partir disso, o homem se torna livre para ter total liberdade em suas escolhas.
Na Segunda Guerra Mundial 
Crowley foi um possível espião durante a Segunda Guerra Mundial.Foi chamado para decifrar as crenças e supertições de Hitler para depois usarem isso contra o mesmo.Logo depois Levantou-se contra a Thule Society ,sociedade secreta voltada para os mistérios da antiguidade,à que Hitler pertencia. Uma curiosidade é que Crowley foi contatado para esse serviço por um amigo, agente da Coroa chamado Ian Fleming, o criador de James Bond, o 007 e que muito possivelmente o personagem foi inspirado em Crowley.  
 Seus últimos dias 
Já velho, Crowley decidiu ser um homem santo, e para isso teria cometer o maior pecado, como em uma lenda da Irmandade Plymouth que afirmava que o maior santo já cometera o maior pecado. Acabou perdendo todo o seu dinheiro com jogos de azar e outros gastos, tento então um bom motivo para se arrepender do seu pecado. Na Igreja Gnóstica, refomulou o conceito sobre a Cabala. Passou a viver de doações de admiradores de sua obra até a morte.
No primeiro dia de dezembro de 1947, aos 72 anos, Aleister Crowley falece, vítima de bronquite crônica e problemas cardíacos. Quatro dias depois, foi cremado, apenas com a presença dos seus seguidores mais próximos, o "O Último Ritual", com a leitura de textos sagrados Gnósticos.
Influência no Rock 
Socialmente, Crowley ficou mais conhecido no mundo da música, mais especificamente no Rock`n`Roll dos anos 70: Led Zeppelin, Rolling Stones, Beatles, Black Sabbath, Ozzy Osbourne. Um dos mais famosos estudiosos da obra de Crowley foi Jimmy Page, guitarrista do Led Zeppelin. Além de adquirir manuscritos e objetos pessoais de Crowley, Page chegou a comprar a mansão do mago às margens do Lago Ness, chamada Boleskine, onde supostamente um dos empregados de Page teria se suicidado misteriosamente dentro da casa. 
 Sgt. Pepper's Lonely Heards Club Band(1967), Crowley está na fileira superior, o segundo da esquerda para a direita. 
 Impossível não falar de Raul Seixas, um devoto da obra de Crowley, junto com Paulo Coelho que posteriormente abandonou o caminho thelêmico. Ambos estiveram sob instrução de Frater Aster.
Algumas composições de Raul Seixas sobre a Thelema:
Sociedade Alternativa
O Trem das Sete
Gita
Novo Aeon
Love is Magick
A Lei
Nuit

Lendas Urbanas - O Canavial

canavialNo interior de Minas Gerais muitos "causos" misteriosos são contados .Um causo muito estranho aconteceu numa cidadezinha, cuja fonte de renda era a cultura de cana de açúcar. Das grandes fazendas aos sítios, a única coisa que se via eram grandes roças de cana.

Numa dessas fazendas, que abrigavam colonos de toda parte do país, conta-se que um casal de nordestinos chegou e pediu emprego. Além do emprego, deram a eles um casebre, próximo a roça, para que morassem.
O casebre era bem isolado dos demais, pelo fato de ser um dos mais antigos. Os outros colonos achavam o novo casal muito estranho, quase não conversavam e não participavam da missa de domingo.

A mulher, que mais parecia um bicho do mato, estava grávida, mas mesmo assim todas as madrugadas ela ia para a roça cortar cana. Num dia muito quente, desses que parece que até o chão ferve, um incidente muito triste ocorreu. O marido da "Bicho do Mato"- como era conhecida aquela estranha mulher - fora picado por uma cobra e faleceu em poucas horas.

"Bicho do Mato" ficou mais transtornada e mais estranha ainda. Até as crianças tinham medo dela. Ela continuo cortando cana até o nascimento do filho.
Quando o bebê nasceu, "Bicho do Mato" sumiu ... não cortava mais cana, não abria a porta do casebre para ninguém. As colônias diziam que ela estava de resguardo e como era muito orgulhosa, não aceitava ajuda de ninguém.

Coincidentemente, na mesma época do seu "sumiço", escutava-se todas as noites, um bebê chorando no canavial. Os bóias frias ficaram encucados com aquele choro e um dia resolveram procurar ... Eles andavam, andavam e nada de encontrar o bebê. Quando se aproximaram do casebre, notaram que o choro ficou mais forte, parecendo que vinha de baixo da terra. No dia seguinte voltaram e arrancaram o pé de cana. Para espanto de todos, encontraram o corpo de um bebê já em estado de decomposição. O dono da fazenda chamou a polícia e eles invadiram o casebre. Encontraram "Bicho do Mato" encolhida no canto do casebre como uma louca. O fogão de lenha estava manchado de sangue.

Descobriu-se depois que ela matou seu próprio filho, socando sua cabeça na beira do fogão e depois o enterrou no canavial.
A mulher foi levada para um sanatório e o bebê foi enterrado numa cova digna, no cemitério da fazenda, onde o padre rezou uma missa pedindo por sua alma.
Depois disso, nunca mais ninguém ouviu o choro do bebê...

A Verdadeira História do Maníaco da Tesoura

Em 1974, nasceu em Curitiba um menino chamado José. Ele foi abandonado pela sua mãe na maternidade das freiras e por isto foi levado a um orfanato. Este garoto tinha problemas de coordenação motora e um comportamento um tanto estranho. Desde os quatro anos de idade, ele gostava de experimentar os vestidos e as presilhas das garotas do asilo para menores.
Este menino, também, era fascinado por tesouras. O tempo passou e em 1991, José resolveu fazer os cursos profissionalizantes que eram oferecidos no orfanato. Primeiro, ele tentou o curso de cabeleireiro, mas como tinha problemas de coordenação motora, o rapaz não se deu bem. Depois, José tentou o curso de Corte e Costura, mas pelos mesmos problemas, não conseguiu continuar esta carreira. Em 1992, com 18 anos de idade, este rapaz deixou o abrigo para menores e foi trabalhar como afiador de tesouras de cutículas na cidade de Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Mas, ele ainda sonhava em ser costureiro e cabeleireiro.
Naquela mesma época, José começou a escutar vozes, que diziam:

- Se você não pode usar a tesoura para o bem, use–a para o mal!
Todas as noites antes de dormir, ele escutava esta estranha voz. Certo dia, ele foi entregar uma tesoura, que tinha afiado para uma senhora que morava no bairro São Gabriel. Assim, ele bateu na porta e disse:
- Boa tarde, dona Dilva está?
Então, a menina que atendeu falou:
- Ela não se encontra!
De repente, no meio daquela conversa, a voz estranha tomou conta dos pensamentos de José:
- Se você não pode usar a tesoura para o bem, use–a para o mal! 

O rapaz também sentiu que um espírito estranho baixou em seu corpo. Deste jeito, ele empurrou a menina para dentro da sala e tentou atacá–la com a tesoura. Mas, ela foi mais esperta: pegou o abajur que estava do lado da porta e jogou na cabeça do maníaco. Deste jeito, José saiu porta afora. Porém, mesmo assim, dominado pelo estranho espírito, José achou que deveria arrumar mais outra vítima.

Num lindo domingo, com a tesoura na mão, ele estava passeando pelo bairro Rio Verde, quando de repente avistou uma família saindo de uma casa e se despedindo de uma adolescente. Após ver esta garota entrando novamente na residência, José pensou:
- Vou inventar uma história, com esta tesoura, para atacar minha mais nova vítima. Assim, ele bateu no portão, da casa, da moça e disse:
- Boa tarde!
- Eu vim entregar esta tesoura que a sua mãe me emprestou!


Deste jeito, a moça desconfiada falou do seu portão:
- Que história é esta?
- Minha mãe mora no Mato Grosso!
- Acho que você se enganou!

Após falar isto, a menina bateu a porta e deixou José sozinho na rua. Mas, ele deu um jeito de pular o portão sem ninguém notar e ficou de tocaia. Quando esta adolescente saiu de casa para recolher a roupa no quintal, o rapaz agarrou no seu pescoço e tentou golpeá–la com a tesoura, mas ela empurrou o maníaco, assim, a coitada saiu correndo e gritando pela rua. José com medo de ser pego, fugiu mais rápido do que um coelho.
Num outro domingo, o maníaco estava novamente passeando no bairro São Gabriel , quando viu que , de uma casa, um rapaz estava se despedindo de uma adolescente, com um beijo apaixonado. Após este moço se despedir, José pensou:
- Aposto que ela deve estar sozinha, vou tentar atacar de novo!

Então, ele bateu palmas do portão, da casa da adolescente, com a tesoura na mão. Assim, a garota atendeu:
- Boa tarde!
- O que deseja?

Deste jeito, José usou da mesma mentira:
- Eu vim entregar esta tesoura que uma senhora desta casa me emprestou!

Ingenuamente, a menina abriu o portão, deixou o bandido entrar na sala e disse:
- Eu já chamo...

Então, sem esperar a menina completar a frase, José a agarrou pelo pescoço e tentou feri–la com a tesoura. Quando de repente, uma mulher com cerca de 30 anos entrou na sala com um revólver calibre 38 e disparou contra o maníaco. Após fazer isto, a mulher corajosa disse à vítima revistando o bolso do marginal:
- Agora, vamos ver a carteira de identidade do desgraçado.
- José, nascido em dois de janeiro de 1974.
- Nossa!

Assim, a garota perguntou:
- O que foi tia?

Deste jeito a mulher explicou:
- Sabe aquele filho que eu abandonei na maternidade das freiras, quando eu tinha 15 anos?

Então, a menina disse:
- Sei!
- A senhora me falou sobre isto várias vezes.
- O que é que tem?

Deste jeito a mulher explicou:
- Ele nasceu dia 2 de janeiro de 1974.
- Aquele bebê foi fruto de um estupro, mas na hora eu não quis abortar, tive o bebê e abandonei o pobre na maternidade

Assim, a garota, falou:
- Vamos esquecer o passado!
- Agora, temos que chamar a polícia

Desta maneira, a mulher disse:
- Só espero que aquele filho que eu abandonei não tenha virado um maníaco como o pai.

Após falar estas palavras, a corajosa mulher fechou os olhos do homem morto.

O Teatro Assombrado

No coração do Recife, em frente à Praça da República, ao lado dos Palácios do Governo e da Justiça, fica o imponente prédio do Teatro de Santa Isabel, um primor da arquitetura neoclássica do século XIX. Foi construído pelo engenheiro francês Louis Lérger Vauthier entre 1841 e 1850 e, por dentro, tem espaço para quase novecentos espectadores. Além de ser palco de concertos e espetáculos grandiosos, no passado o teatro também foi cenário de debates cívicos, como os que marcaram a campanha abolicionista, e serviu de tribuna para a eloqüência de personalidades do porte de Joaquim Nabuco, Castro Alves e Tobias Barreto. 
Mas, por trás de uma fachada imponente, cheia de significados para a história de Pernambuco, o Teatro de Santa Isabel esconde mistérios insondáveis. Nos camarins, na platéia, nos corredores e camarotes, desfilam visagens e são ouvidos sons arrepiantes que se confundem com as muitas lembranças guardadas no prédio. Em seu livro Assombrações do Recife Velho, o escritor e sociólogo Gilberto Freyre descreve alguns desses acontecimentos inexplicáveis:
O que se murmura entre os empregados antigos e discretos do Santa Isabel é que em noites burocraticamente silenciosas se ouvem, no ilustre recinto, ruídos e aplausos, palmas, gritos de entusiasmo de uma multidão apenas psíquica. Mas sem que se possa precisar a que ou a quem são os seus aplausos de bocas e mãos que não aparecem”
E acrescenta o Mestre de Apipucos:
"Há também quem afirme ter visto no interior do Santa Isabel, em noite de silêncio e rotina, a figura de austera senhora do Recife, há longos anos morta e sepultada em Santo Amaro”.
E as aparições na tradicional casa de espetáculos não deram trégua ao longo das décadas, embora tenham perdido muito do charme e da elegância. Na reportagem intitulada "...mas que eles existe, existem", publicada no Diário de Pernambuco do dia primeiro de outubro de 1992, a jornalista Sandra Correia registra o seguinte caso:
"...Lourdes Medeiros, faxineira do Teatro de Santa Isabel, reluta em falar no assunto. 'Dizem que sou louca'. Numa determinada ocasião, Lourdes ficou presa no banheiro do teatro com uma mulher alta e loura, com algodão na boca e nas narinas. 'Queria sair e ela estava na porta'. Nem mesmo gritar resolveria: 'perdi a voz'”
Desde os anos 90, o Santa Isabel vinha passando por um interminável processo de restauração. Mas o teatro já foi reaberto. Agora, lá são apresentados espetáculos de todo o tipo. Contudo, testemunhas anônimas que circulam no antigo prédio à noite garantem: quando o público e os artistas se retiram, permanece em cartaz "ópera bufa" dos malassombros e almas penadas no espaço emoldurado por belíssimas cortinas. 

 

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